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IV Bienal de Música Brasileira Contemporânea

Começa hoje a Quarta Bienal de Música Brasileira Contemporânea de Mato Grosso. O evento é um sopro de vanguarda reunindo grandes compositores brasileiros e pensadores da música. Hoje por exemplo faz abertura o Dr. Marcos Nogueira (UFRJ). Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É Professor adjunto do Departamento de Composição da UFRJ e docente do Programa de Pós-Graduação em Música da UFRJ. Como pesquisador atua, sobretudo, na área de Artes, com ênfase em Composição Musical, Cognição Musical, Teoria da Música e Educação Musical. Nogueira Atua regularmente como compositor, desde 1987, com participações em festivais e mostras variadas de música de concerto contemporânea. É diretor musical do conjunto de câmara Cron, dedicado ao repertório brasileiro contemporâneo, tendo sido premiado, em duas edições, pelo projeto de Circulação de Música de Concerto, da Funarte. Sua conferência fala sobre a “Obra de Arte e a Comunicação de Percepções”.

A primeira apresentação da Bienal é do Grupo de Percussão do Departamento de Artes da UFMT que terá no programa o Hino Nacional Brasileiro (Francisco Manuel da Silva) com adaptação de Alex Teixeira, diretor artístico do grupo, e “Toccata Amazônica – Série Brasil 2000″ de Dimitri Cervo. O Grupo de Percussão é composto por: Estela Ceregati, Wender Couto, Tarcísio Sobreira, Ricardo Kalan, John Stuart, Josemar Augusto, Francisval Costa e Thiago Silva.

A segunda apresentação ocorre hoje também com o Quarteto Sensembow. Formado em 2008 por músicos acadêmicos do curso de Música da Universidade Federal de Mato Grosso o grupo lança-se despretenciosamente no universo sonoro buscando fluência entre os gêneros musicais da atualidade. Tem como principal objetivo a pesquisa e a prática da música escrita por compositores brasileiros, matogrossenses e em especial aqueles que se relacionam com o grupo, além fomentar a escrita musical para a sua formação principal de base (guitarra elétrica, saxofone soprano, vibrafone e contrabaixo elétrico e eletrônica) e oferecer um laboratório experimental para novos compositores. No programa estão: Rito Inicial (Sensembow) e Playground (Nelsindo de Moraes) que são estreias e Planeta dos Macacos (Pauxy Gentil-Nunes). Fazem parte do Quarteto: Daniel Baier, vibrafone;
Grazielle Louzada, saxofone; Luciano Campbell, guitarra elétrica e Nelsindo de Moraes, baixo elétrico.

Ambas as apresentações acontecem no teatro da Universidade a partir das 19h. Todas as apresentações da Bienal são gratuitas.

Entre os convidados estão importantes nomes da música contemporânea, como o Grupo Sextante, Duo Passos & Abreu, Fernando Rocha e Ana Claudia Assis, Martha Herr e Ingrid Barancoski, Pauxy Gentil Nunes e Marina Spoladore, Gilson Antunes, Quarteto de Cordas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Cristina Dignart na Música Eletroacústica, Gilberto Mendes, Edson Zampronha, Mauricio Dottori, Silvio Ferraz, dentre outros.

Homenageado

Todo ano a Bienal escolhe um homenageado que tem suas obras executadas por diversas formações diferentes e normalmente compõem, especialmente para a Bienal peças inéditas para estreia mundial. O homenageado deste ano é considerado um dos expoentes da criação musical brasileira da atualidade, José Antonio Resende de Almeida Prado (Santos-SP, 8/02/1943). Discípulo de Dinorah de Carvalho (piano), Osvaldo Lacerda (harmonia) e Camargo Guarnieri (composição), seu nome conquistou prestígio nacional em 1969, ao conquistar o primeiro prêmio do I Festival de Música da Guanabara, com a cantata Pequenos Funerais Cantantes, sobre texto de Hilda Hilst. Executada então no Teatro Municipal do Rio de Janeiro pelo Coro e a Orquestra do Teatro sob a regência de Henrique Morelenbaum, teve como solistas Maria Lúcia Godoy e Eladio Perez Gonzáles.

Do júri internacional que premiou sua obra faziam parte Guerra-Peixe, Roberto Schnorrenberg e Ayres de Andrade, do Brasil, Fernando Lopes Graça, de Portugal, Franco Autori, dos Estados Unidos, Hector Tosar, do Uruguai, Roque Cordero, do Panamá, Johannes Hoemberg, da Alemanha, e Krzysztof Penderecki, da Polônia.

Sua diversificada produção inclui, entre muitas outras, obras de grande porte como a Missa da Paz, os Pequenos Funerais Cantantes, a Trajetória da Independência (Prêmio do Governo do Estado de São Paulo), o oratório Therèse ou l”Amour de Dieu. A Paixão segundo Marcos, o Ritual para sexta-feira santa, a cantata Bendito da Paixão de Jesús de Nazaré, o oratório Villegaignon ou Les Isles fortunées (estreado na França), além de um conjunto significativo de obras sinfônicas, entre as quais a Sinfonia nº 1 (Prêmio Lili Boulanger), os Arcos sonoros da catedral Anton Bruckner, a Sinfonia dos Orixás, obras para piano e orquestra como Aurora, Exoflora, Concerto nº 1 e Variações Concertantes, e para violino e orquestra como a Fantasia (encomenda da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro para comemorar a visita do Papa João Paulo II) e a Sinfonia Oré Jacy-Tatá, inspirada na constelação da bandeira brasileira e encomendada pelo Ministério da Cultura para as comemorações dos 500 anos do Descobrimento.

Almeida Prado participa nesta quarta-feira de uma mesa redonda com Gilberto Mendes (USP)/ Teresinha Prada (UFMT)/ Roberto Victorio (UFMT) no Auditório do Instituto de Letras da UFMT. À noite, 20h, desta quarta-feira no Teatro do Sesc Arsenal o grupo Sextante apresenta o seu concerto com quatro estreias mundiais. Quem conhece o grupo sabe que é imperdível, quem não conhece aproveite a oportunidade.

(Com Assessoria)
Diário de Cuiabá, DC Ilustrado, em 05/10/2010
Cláudio de Oliveira

Da Editoria

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